Município de Natividade da Serra "Joia da Região dos Grandes Lagos"
Bandeira:
Brasão:
Aniversário: 13 de agosto
Gentílico: nativense
Localização de Natividade da Serra em São Paulo:
Municípios limítrofes: Redenção da Serra (N), São Luís do Paraitinga (N e L), Ubatuba (SE), Caraguatatuba (S) e Paraibuna (O).
Distância até a capital: 185 km
População: 6 681 hab. Censo IBGE/2013
Altitude: 720 m
Fundação: 29 de maio de 1853
Prefeito: Maria Lourdes de Oliveira Carvalho (Dona Lurdinha)
Vice-prefeito: Miron Danvers Fernandes
Coordenadas:
23° 22' 33" S 45° 26' 31" O
Unidade federativa: São Paulo
Mesorregião: Vale do Paraíba Paulista IBGE/2008 1
Microrregião: Paraibuna/Paraitinga IBGE/2008 1
Região metropolitana: Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Sub-Região 2-Taubaté
Área: 832,606 km² 2
Densidade: 8,02 hab./km²
Clima: subtropical
Histórico
A data mais antiga documentando a
origem de Natividade da Serra é 29 de maio de 1853, quando seu fundador
Coronel José Lopes Figueira de Toledo perseguindo um escravo foragido de
uma das suas senzalas acabou por se esconder em uma bela planície às
margens de um rio rodeada de montanhas. A fuga do escravo da fazenda do
Coronel situada no que hoje è chamado de bairro das Perobas, inspirou-o a
transferir sua fazenda e seus empregados para lá devido a beleza do
lugar. Logo a fazenda se transformou num vilarejo, chamado de Divino
Espírito Santo de Nossa Senhora do Rio do Peixe, nome atribuído a
religiosidade do Coronel e ao rio que passava as margens do vilarejo,
num território outrora pertencente a Paraibuna.
Em 24 de abril de
1858 foi elevada à categoria de Freguesia, sendo chamada de Nossa
Senhora do Rio do Peixe. Mais tarde, em 18 de abril de 1863 foi
incorporado à Freguesia um outro vilarejo que se formava conhecido como
povoado de Nossa Senhora da Conceição e que hoje é o Bairro Alto. Com
isso a Freguesia passou a categoria de Vila com o nome de Natividade e
tendo como principal atividade econômica a pecuária e a agricultura de
subsistência.
Em 3 de julho de 1934, passou a condição de distrito de
paz e em 5 de julho de 1935 voltou a anexar-se ao Município de
Paraibuna. O município foi instalado em 1864 e reinstalado em 1935. Em
30 de novembro de 1944, recebeu o nome definitivo de Natividade da
Serra, nome originário da Padroeira da cidade, Nossa Senhora da
Natividade e, também devido a sua situação geográfica entre os
contrafortes da Serra do Mar.
No início do século XX, com a vinda da
industrialização para o Vale do Paraíba, Félix Guisard em 1913, havia
planos iniciais que previam a construção de uma usina hidrelétrica em
Natividade da Serra, para suprir o abastecimento de energia elétrica na
região aproveitando as corredeiras do rio Paraitinga num local conhecido
como Ponte dos Mineiros. Porém, o início da Primeira Guerra Mundial em
1914 impediu o embarque dos maquinários e geradores para o Brasil
anulando assim o projeto.
Passados 120 anos de sua existência,
Natividade da Serra, sofreu uma enorme transformação e foi translada
para um novo local, à aproximadamente um quilômetro adiante na rodovia
que liga a cidade à Taubaté. Esta mudança foi em consequência do
represamento do rio Paraibuna, rio Lourenço Velho, rio do Peixe e rio
Paraitinga, para a construção da Usina Hidrelétrica de Paraibuna
formando a represa da Companhia Energética de São Paulo (CESP) devido
uma necessidade de atendimento sócio-econômico regional.
O estado
procedeu com à construção da Represa de Paraibuna, inundando quase 200%
da área e das edificações da sede e parte da área rural. Na zona rural, o
represamento das águas afetou as terras férteis, eliminando grande
parte da agricultura de subsistência.
Com construção da barragem de
Paraibuna, ocorreu a inundação da cidade antiga, surgindo a nova
Natividade da Serra fundada 13 de agosto de 1973 com o lançamento da
pedra fundamental feita pelo então prefeito Otacílio Fernandes da Silva,
Padre Higino e Terezinha de Castro Aquino, no local onde se ergue a
igreja matriz da cidade.
O fenômeno da industrialização da "Calha do
Vale" (Taubaté, Pindamonhangaba e Tremembé) e a inundação de algumas
áreas do município, contribuíram para a emigração de parte da população.
Para minimizar os prejuízos ocasionados pela inundação eliminando suas
terras férteis, os produtores rurais investiram em grande escala, na
plantação de eucaliptos.